Universidades
Em 1991, o ISRI materializou um dos seus objectivos principais ao criar o Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CEEI), cuja atribuição principal consiste em desempenhar funções de pesquisa científica, académica e aplicada. Na procura de elementos de complementaridade e de crescimento como uma IES, e em resposta às demandas públicas, introduziu, em 2001, o curso de licenciatura em Administração Publica e, em 2009, cursos de mestrado em Relações Internacionais e Desenvolvimento, com especialidade em Politica Externa e em Comércio ou Finanças Internacionais; mestrado em Administração Publica e Desenvolvimento, com especialidade em Administração territorial ou em Gestão de Finanças Publicas.
Com corolário, o ISRI tem hoje inscritos nestes cursos 1.916 estudantes, sendo 856 no período laboral e 940 no período pós-laboral, assistidos por um corpo docente constituído por 65 docentes, dos quais 1/3 são titulares do grau académico de Doutoramento. À luz dos seus Estatutos, plasmados pelo Decreto nº. 12/97 de 3 d Junho, o ISRI pode outorgar títulos honoríficos, tais como os de Professor Emérito e de Doutor Honoris Causas a professores, cientistas, nas Ciências, nas Letras, nas Artes e na Cultura em Geral ou que tenham prestado serviços relevantes à Humanidade, à Nação ou ao Instituto Superior de Relações Internacionais.
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) é uma instituição de ensino superior pública moçambicana, que tem a sua reitoria instalada na cidade de Maputo.
Com uma tradição que remonta ao período colonial, é a mais antiga e também referência entre as universidades do país. Foi fundada, em definitivo, em 1962, e depois da independência foi durante muito tempo a única responsável pela formação intelectual moçambicana. Conta com cerca de 37000 estudantes nos mais diversos cursos.
Em 2016, a universidade foi classificada pelo ranking Webometrics Ranking of World Universities como a melhor universidade dos PALOP, sendo, de longe, a melhor universidade do seu país.
Recebe seu nome em homenagem ao herói da independência nacional Eduardo Mondlane. O dia 20 de Junho, data do nascimento de Mondlane, é comemorado como o Dia da Universidade Eduardo Mondlane.
A Universidade Pedagógica (UP) foi fundada em 1985 como Instituto Superior Pedagógico (ISP), por diploma ministerial no 73/85, de 4 de Dezembro, como uma instituição vocacionada para a formação de professores para todos os níveis do Sistema Nacional de Educação (SNE) e de quadros da educação.
A criação do ISP em 1985 resultou de uma visão estratégica assente na necessidade de melhor coordenar a formação de quadros para o sector da educação.
Aquando da sua criação, a instituição começou a funcionar em instalações da então Escola Preparatória General Joaquim José Machado. Estas instalações, com cerca de quinze salas e poucos gabinetes de trabalho, foram concebidas para uma escola secundária de então e não, propriamente, para uma universidade. Mas, o rápido crescimento da UP ditou a procura de novos espaços.
O ISP, em 1986, começou com apenas três Faculdades, nomeadamente: a Faculdade de Matemática e Física, a oferecer a Licenciatura em Ensino de Matemática e Física; a Faculdade de História e Geografia, a disponibilizar, igualmente, um único Curso, a Licenciatura em Ensino de História e Geografia; e, a Faculdade de Pedagogia e Psicologia, responsável pela Licenciatura nessas duas áreas.
Em 1987, entra em funcionamento Faculdade de Línguas com, apenas, a Licenciatura em Ensino de Português e só mais tarde introduziu outras duas Licenciaturas, em Ensino de Inglês e em Ensino de Francês. Os Cursos de Línguas sempre tiveram um carácter monovalente, contrariamente às restantes. Actualmente, esta Faculdade passou a designar-se Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes.
Um ano
mais tarde, em 1988, é criada a Faculdade de Química e Biologia, oferecendo uma
Licenciatura bivalente que integrava as duas áreas científicas.
A expansão geográfica da instituição começa a ser consumada a partir de 1989 com a entrada em funcionamento da Delegação da Beira, ocupando as instalações da então Escola Comercial Patrice Lumumba. O ISP torna-se, então, na primeira instituição universitária a funcionar para além da capital do país.
O Instituto Superior de Ciências de Saúde, designado abreviadamente por ISCISA, é uma instituição pública do Subsistema Nacional de Ensino Superior, dotado de personalidade jurídica, autonomia científica, pedagógica, administrativa, financeira e patrimonial.
Desde o tempo colonial que os serviços de Saúde formavam os recursos humanos de que necessitavam, desde o nível básico até ao nível médio. Eram as chamadas Escolas de enfermagem que graduavam os Enfermeiros auxiliares, Enfermeiros Gerais, Técnicos de Laboratório, Farmácia, Radiologia, Fisioterapia, etc. Por outro lado, iniciou-se uma formação intensiva de base larga, dada a baixa escolaridade dos possíveis candidatos e criou-se aquilo que foi a grande revolução no nosso ensino, isto é, o aluno poderia entrar para o sistema de formação com o nível básico e ir progredindo dentro de determinada carreira até ao nível superior, através da equiparação dos graus do ensino secundário que ia obtendo à medida que completava os cursos.
Esta foi a grande conquista do nosso sistema e respondia à política de proteger as populações mais periféricas. Assim, uma boa parte do pessoal do Sistema Nacional de Saúde vem do nível básico e vai progredindo através de cursos de promoção. Com o alargamento e extensão do Serviço Nacional de Saúde e com as maiores exigências que se impunham na qualidade de atendimento dos doentes, os Institutos de Formação vão sentindo a necessidade de formar quadros de saúde com maiores capacidades e valências e maior âmbito de acção. Perante este desafio começaram a ser formados quadros médios especializados nas áreas de cirurgia, oftalmologia, anestesia e outras. São estudantes que tem equivalência da 12ª classe e fazem um curso intensivo de 3 anos. A nossa realidade prática vivida nos hospitais obriga a que actos médicos e cirúrgicos atribuídos aos licenciados em medicina seja executados por pessoal de saúde de nível médio como técnicos de medicina ou enfermeiros.
O Serviço Nacional de Saúde necessita agora com prioridade de quadros superiores de Enfermagem, de técnicos superiores de Farmácia, de técnicos superiores de Odonto-Estomatologia, de técnicos superiores de Cirurgia, de técnicos superiores de Saúde Materno Infantil, de Nutrição, de Laboratório, etc. Em Agosto de 2001, o Ministério da Saúde, cria a Comissão Instaladora para a criação do Instituto Superior de Ciências de Saúde nos termos da lei 1/93 de Junho. Em Dezembro de 2003 e aprovada a criação do Instituto Superior de Ciências de saúde pelo Conselho de Ministros através do Decreto 47/103 e iniciou as suas actividades no ano lectivo de 2004.
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